terça-feira, 14 de julho de 2015

Ars longa, vita brevis

Ah, humanidade
Não fosse pela arte
Qual seria a tua utilidade?

Nem rios, nem fontes
Nem campos, nem montes
Nem sequer os rinocerontes

Nada a ti resiste
Nessa ânsia triste
De dominar o horizonte

A tudo consomes
Quer tudo em teu nome
Busca preencher o vazio
De filho terreno vadio
Mas nunca finda tua fome

Quando te fores
Não terás flores
Nem pranto por ti

Eu só lamento
Que ao teu sofrimento
Nem a arte vai resistir

Nenhum comentário:

Postar um comentário