Me encantam as oníricas fantasias
Dos autores de minha infância
Tão mais belas que o dia a dia
Tecidas com tanta exuberância
Era assim quando eu era inocente
E assim ainda é, nessa torpe distopia
Onde loucos entronados, inclementes,
Estão a um botão da derradeira entropia
Mas não me entenda mal
Meu caro semelhante
Sou averso à cegueira boçal
Da autoilusão ignorante
Me enoja tamanha banalidade
De milhões em horrendo estupor
Resignados, nesa triste realidade,
A temer um vilão de filme de terror
Para sobrevivermos
É preciso revolucionar
E nesses dias tão enfermos
A maior revolução é amar
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