sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A Travessia


Quero viajar nas asas do vento Bóreas,
Pois as garras da saudade oprimem, cruéis;
Para acariciar tuas espáduas marmóreas,
Não desanimarei nem perante as marés.

Ainda que entre nós houvesse o subterrâneo rio,
Forçaria meu embarque na nau de Caronte;
Sem temer ou me sujeitar ao Barqueiro Sombrio,
Cruzaria sem demora as águas do Aqueronte.

Vem célere, minha amada,
Que o medo agora jaz por terra;
Pois a maldição foi quebrada
E já é longa nossa espera!

Assim o Sombrio Conto de Fadas continua,
Sob os auspícios benéficos da Noite e da Lua!

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